quinta-feira, 26 de setembro de 2013

AO AMOR QUE EU NÃO VIVI

AO AMOR QUE EU NÃO VIVI
A
cordar sonolento,
tua perna sobre a minha
e uma tênue luz invasora
a revelar-nos despertos.
Luz do sol, enxerida,
a bisbilhotar nossas vidas.
Manhã cedo de maio,
preguiçosos confessos.

Queria que a semana
fosse repleta de domingos,
que não houvesse segundas-feiras.
É bom que aqui estejas, por inteira,
aninhada e tão perto.

Já são quase dez horas
e ontem à noite, eu confesso:
fiquei rindo a toa,
já faz tanto tempo.

Melhor fazer um café,
o mês é frio de outono,
já não existe abandono,
já não existem esperas
e embora passados muitos anos,
teu cheiro ainda impera.

Lembra daquele poema
e da eternidade que ele revela?
Pois é! Ainda escuto a mesma música...

_ NALDOVELHO _

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