terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Talvez eu seja enganada inúmeras vezes.
Talvez eu seja enganada inúmeras vezes...
mas não deixarei de acreditar que em
algum lugar, alguém merece a minha confiança.
Aristóteles
Não subestime o tempo das voltas,
Não subestime o tempo das voltas,
nem diminua a leveza nos passos.
Todo caminho é recomeço.
Priscila Rôde
Gosto de coisas que brilham de pessoas de LUZ.
Gosto de coisas que brilham de pessoas de LUZ.
De gente que sabe ser sol mesmo quando a vida está nublado.
Monalisa Macêdo
Quer preocupar-se menos?
Quer preocupar-se menos?
Então ore mais.
Em vez de olhar adiante com medo,
olhe para cima com fé.
Max Lucano
Acordei ensolarada!
Acordei ensolarada! Não sei se o sol me iluminava
ou se de mim saia a luz que se espalhava.
Renata Fagundes
Ando amarradinha
ando amarradinha nessa fé
de que o melhor tá chegando...
ser feliz é coisa do bem...
o sorriso dado por aqui
chega alto...voa para o céu.
Patricia Rocha
Não, ela não era tola.
Não, ela não era tola.
Mas como quem não desiste de anjos,
fadas, cegonhas com bebês, ilhas gregas
e happy ends cinderelescos,
ela queria acreditar.
Caio Fernando Abreu
Ela é feita de sereno
Ela é feita de sereno, coisa fresca, dia novo.
Cansou de ser fria madrugada.
Se descobriu vestida de amanhecer.
Renata Fagundes
Havia algo que tinha
Havia algo que tinha um cheiro inconfundível de alegria.
De vida abraçada. De chuva quando beija a avidez.
De lua quando é cheia e o céu diz estrelas.
Um cheiro da paz risonha do encontro que é bom.
Ana Jácomo
Alague seu coração de esperanças .......
“Alague seu coração de esperanças. Mas não se afogue nelas.”
Fernando Pessoa
Na verdade era só um acordar da alma....
"Na verdade era só um acordar da alma. Não acredito em botões mágicos nem em choros revitalizantes. Eu acredito em fé, em vontade de mudar, de crescer, de fazer de novo ou de fazer-se novo."
(Vanessa Leonardi)
O sabor está nas passagens...
"O sabor está nas passagens. O definitivo é cansativo demais. (...) Tudo que não muda nos condena, nos condiciona. O bom da vida é saber que passa. Um fim de tarde com toda a sua beleza não cabe no tempo. E por isso ele se vai. (...) A beleza está nos intervalos, nos espaços de luz em que a sombra já se mostra."
ANIVERSÁRIO (Débora)
Para o teu aniversário
o céu se arrumou inteiro:
estrelas escreveram teu nome,
cometas construíram um caminho
com poeira de luz
para que o teu destino,
carruagem carregada de sonhos,
pudesse passar.
Para o teu nascimento
os anjos inventaram palavras
nunca antes pronunciadas,
e os jardins secretos
fabricaram flores desconhecidas.
Para o teu nascimento
o universo inteiro
desfraldou suas velas.
Roseana Murray
"Alegria"
Há alegria no sol que num triunfal rompante
como um broto de luz que rompesse as entranhas
da terra, - surge além pelas sombras, distante,
a incendiar como um louco a encosta das montanhas!
Há alegria no mar onde as conchas apanhas!
Na noite mansa e azul, silenciosa e brilhante,
e nas nuvens que no ar tomam formas estranhas,
nas mãos ágeis do vento irrequieto e inconstante!
Há alegria nas ruas, nas flores, - nas aves
que enchem ramos e céus de melodias suaves,
e em meus olhos tristonhos refletindo os teus...
Alegria não há, no entanto, mais completa
que essa que canta e ri no coração de um Poeta
quando ao findar de um poema se imagina Deus!
JG de Araujo Jorge
como um broto de luz que rompesse as entranhas
da terra, - surge além pelas sombras, distante,
a incendiar como um louco a encosta das montanhas!
Há alegria no mar onde as conchas apanhas!
Na noite mansa e azul, silenciosa e brilhante,
e nas nuvens que no ar tomam formas estranhas,
nas mãos ágeis do vento irrequieto e inconstante!
Há alegria nas ruas, nas flores, - nas aves
que enchem ramos e céus de melodias suaves,
e em meus olhos tristonhos refletindo os teus...
Alegria não há, no entanto, mais completa
que essa que canta e ri no coração de um Poeta
quando ao findar de um poema se imagina Deus!
JG de Araujo Jorge
Serenata
que timidamente se eleva,
num arrulho de fonte fria.
O orvalho treme sobre a treva
e o sonho da noite procura
a voz que o vento abraça e leva.
Repara na canção tardia
que oferece a um mundo desfeito
sua flor de melancolia.
É tão triste, mas tão perfeito,
o movimento em que murmura,
como o do coração no peito.
Repara na canção tardia
que por sobre o teu nome, apenas,
desenha a sua melodia.
E nessas letras tão pequenas
o universo inteiro perdura.
E o tempo suspira na altura
por eternidades serenas.
(Cecília Meireles)
num arrulho de fonte fria.
O orvalho treme sobre a treva
e o sonho da noite procura
a voz que o vento abraça e leva.
Repara na canção tardia
que oferece a um mundo desfeito
sua flor de melancolia.
É tão triste, mas tão perfeito,
o movimento em que murmura,
como o do coração no peito.
Repara na canção tardia
que por sobre o teu nome, apenas,
desenha a sua melodia.
E nessas letras tão pequenas
o universo inteiro perdura.
E o tempo suspira na altura
por eternidades serenas.
(Cecília Meireles)
Como te amo?
Como te amo?
Deixa-me contar de quantas maneiras.
Amo-te até ao mais fundo, ao mais amplo
e ao mais alto que a minha alma pode alcançar
buscando, para além do visível dos limites do
Ser e da Graça ideal.
Amo-te até às mais ínfimas necessidades de todos
os dias à luz do sol e à luz das velas.
Amo-te com liberdade, enquanto os homens lutam
pela Justiça;
Amo-te com pureza, enquanto se afastam da lisonja.
Amo-te com a paixão das minhas velhas mágoas
e com a fé da minha infância.
Amo-te com um amor que me parecia perdido quando
perdi os meus santos amo-te com o fôlego, os
sorrisos, as lágrimas de toda a minha vida!
E, se Deus quiser, amar-te-ei melhor depois da morte.
(Elizabeth Barrett Browning)
Deixa-me contar de quantas maneiras.
Amo-te até ao mais fundo, ao mais amplo
e ao mais alto que a minha alma pode alcançar
buscando, para além do visível dos limites do
Ser e da Graça ideal.
Amo-te até às mais ínfimas necessidades de todos
os dias à luz do sol e à luz das velas.
Amo-te com liberdade, enquanto os homens lutam
pela Justiça;
Amo-te com pureza, enquanto se afastam da lisonja.
Amo-te com a paixão das minhas velhas mágoas
e com a fé da minha infância.
Amo-te com um amor que me parecia perdido quando
perdi os meus santos amo-te com o fôlego, os
sorrisos, as lágrimas de toda a minha vida!
E, se Deus quiser, amar-te-ei melhor depois da morte.
(Elizabeth Barrett Browning)
"A Coruja Branca"
Em minha casa entre as árvores ouço o rumor da noite.
O vento escorraça os astros crepitantes
As montanhas descem em direcção ao mar como rebanhos
que não tivessem esperado a licença da aurora para
a migração necessária.
E a erva cresce. E a água corre. E o mundo recomeça
como uma palavra interrompida. E as nuvens caem do céu
e rastejam no caminho danificado pelas chuvas de janeiro.
Um pio atravessa a folhagem murmurante.
A coruja branca, minha irmã sedentária,
vigia na escuridão o mundo abandonado
por tantas pálpebras fechadas.
Lêdo Ivo
O vento escorraça os astros crepitantes
As montanhas descem em direcção ao mar como rebanhos
que não tivessem esperado a licença da aurora para
a migração necessária.
E a erva cresce. E a água corre. E o mundo recomeça
como uma palavra interrompida. E as nuvens caem do céu
e rastejam no caminho danificado pelas chuvas de janeiro.
Um pio atravessa a folhagem murmurante.
A coruja branca, minha irmã sedentária,
vigia na escuridão o mundo abandonado
por tantas pálpebras fechadas.
Lêdo Ivo
Melancolia
À volta todas as rosas eram vermelhas
A hera era preta.
Querida, assim com um só mover de cabeça teu,
Todos os meus velhos desesperos despertarão!
Demasiado azul, demasiado terno era o céu,
O ar demasiado suave, demasiado verde o mar.
Eu receio sempre, e eu não sei porquê,
Um lamentável afastamento de ti.
Eu estou cansado dos ramos de azevinho
E enfadado do alegre espinheiro
De todos os infindáveis caminhos do país;
De tudo, meu Deus! exceto de ti.
Ernest Dowson
Poema do tempo
O Céu e o Ninho
És ao mesmo tempo o céu e o ninho.
Meu belo amigo, aqui no ninho,
o teu amor prende a alma
com mil cores,
cores e músicas.
Chega a manhã,
trazendo na mão a cesta de oiro,
com a grinalda da formosura,
para coroar a terra em silêncio!
Chega a noite pelas veredas não andadas
dos prados solitários,
já abandonados pelos rebanhos!
Traz, na sua bilha de oiro,
a fresca bebida da paz,
recolhida
no mar ocidental do descanso.
Mas onde o céu infinito se abre,
para que a alma possa voar,
reina a branca claridade imaculada.
Ali não há dia nem noite,
nem forma, nem cor,
nem sequer nunca, nunca,
uma palavra!
Rabindranath Tagore
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