sexta-feira, 12 de abril de 2013

Prazer ardente

Prazer ardente

Fecho as portas da noite,
Brecha em aberto imperceptível,
Pensamentos, armadilhas, precipícios.
Fecho os olhos, mergulho no sonho.
Tuas mãos, estúpido vazio.
Meu infinito, minha resistência.
Atravesso o tempo, rua do prazer.

Escorrega minha coragem,
A recordar beijos inocentes.
Desespero, meu limite,
Sem paciência grito: sou gente!
Sou mulher, estou viva.
Vem!
Dá-me esse prazer ardente!

Ana Maria Marya

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