quinta-feira, 4 de outubro de 2012

‘”OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO”

POEMAS



‘”OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO”



“Olhai os lírios do campo”

E vejas o que eles mostram.
Uma pureza insuperável,
Quase que inimaginável.
Nem os sonhos mais belos
Podem a eles se comparar.
Em nossa vida terrena,
Clamamos por aspirações,
Tantas vezes nossos corações,
Ficam a espera, da serena,
Obviedade, e se desesperam,
Sem nenhuma razão de ser.
“Eles não tecem e nem fiam”
Mas são capazes de fazer,
Em cada alvorecer,
Um bailado ao tom suave,
De uma meiga brisa matinal.
Oh, como é belo este manancial,
Que separa nosso pensamento,
Deixa-nos tão atento,
Embasbacados de prazer.
“Mas Deus os provém”
E nós que esquecemos
A onipotência do Senhor,
Não reverenciamos, aonde for,
Que estejamos.
É preciso que aprendamos
Com os lírios do campo,
Todos os seus encantos....marco




PEÇO SEU PERDÃO



Você é para mim a suave plenitude,

Amo a leveza de sua atitude,
E busco no prazer mais delirante,
Confrontar-te com bastante,
Carinho, mais reconfortante,
Do que os braços da amante,
Sois o meu precioso brilhante,
Que em sua mão reflete a luz,
Que emana de você e me seduz,
Cada vez com mais admiração
Venha, dou-te o meu coração,
Cheio de amor em essência,
Que me leva quase a demência,
Por sua falta tão sentida.
Por que estás desaparecida?
Onde foi que eu errei,
Diga-me onde eu pequei.
Para que eu possa me redimir,
Voltar para você e pedir,
Humildemente seu perdão.




RECOMEÇAR


Agora estou em paz, consolado,

Já não preciso mais me lastimar,
Tudo terminou, vou parar de chorar,
Tocar a vida para frente já curado.

Quero respirar o ar puro e reviver,

As belezas da vida, quero evocar,
Com todas as forças quero amar,
As coisas boas que vão acontecer.

Sou um homem forte, um sobrevivente,

Preciso por todos os pontos passar,
Para esquecer este estranho acidente.

Existe tempo de viver e tempo de parar,

Não podemos nos queixar eternamente,
Agora já é tempo de pensar e recomeçar...marco





SENDA DE ESPINHOS



Caminhando pela relva verde, orvalhada,

Pelo sereno que à noite a terra cedeu,
Em troca do calor que esta forneceu,
Para aquecer a sua brisa tão gelada.

Os pés descalços marcam sulcos fundos,

Na grama que à noite restou cristalizada,
Passeando ao raiar do dia, na madrugada,
Como quem pisa, em seu próprio mundo.

Tal qual a face da imprudência desmedida,

Arrefece o ânimo do ermo caminhante,
Ao pisar nos espinhos de sua própria vida.

Todo o cuidado é pouco nesta variante,

De perspicaz enlevo que trás seduzida
Como se fora sua deslumbrada amante......marco

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