terça-feira, 15 de outubro de 2013

Não me pergunte quem sou

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Não me pergunte quem sou

Sou o que você não vê
Sou assim.
Duas de mim,
às vezes três
quatro.. cinco... seis.
Sou uma por mês
Me diversifico,
Tem hora que grito.
Vivo num conflito.
Mostro ao mundo minha dor.
Outras horas, só sei falar de amor,
a mais romântica.
Melodramática
Estática
Chorosa e nervosa
carente e decadente,
vingativa e inconseqüente
aí quando menos percebo.
Transformo-me em mulher cheia de medo,
cheia de reservas
coberta de sutilezas.
Séria e sem defesas
No minuto seguinte
no papel de mulher fatal.
Viro logo a tal,
Aí sou dona do mundo
segura e destemida
altiva e atrevida
Rasgo meus segredos ao meio
E exponho num roteiro
de poesia ou texto
agrido, inflamo.
Conto o que ninguém tem coragem de contar.
Explico detalhes que nem é bom lembrar.
Sou assim.
Várias de mim.
Sorriso por fora.
Angústia toda hora.
Por dentro um tormento.
No rosto nenhum sofrimento.
No corpo uma explosão de prazer.
Nos olhos, meus desejos deixam perceber.
Melhor nem me conhecer.
Fiquem com minhas letras,
Com as minhas palavras.
Na vida real, sou bem mais complicada.
Sou mil.
E quem tentou, descobriu.
Quer viver ao meu lado?
E viver dentro de um campo minado
Prestes a explodir?
Mas quem esteve nele
Nunca quis fugir !!!!!!!

Desconheço o autor.


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