quinta-feira, 13 de junho de 2013

Não me prendo a nada que me defina.



Não me prendo a nada que me defina. Sou companhia,
mas posso ser solidão... tranqüilidade e inconstância, pedra
e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo,
preguiça e sono. Música alta e silêncio. Serei o que você quiser,
mas só quando eu quiser. Não me limito, não sou cruel comigo!
Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que
não quer valer...

***
(Clarice Lispector)

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