Lânguido...
Acolheu-me o chão frio e duro
Onde me encolho para lamber
As feridas da alma surrada...
A dor... Tão intensa que já não a sinto
Os sonhos agora perdidos são como um
Móbile sobre o berço, vejo, quero...
...Mas não os alcanço
As lembranças sobre as quais passeio
Cortam-me a carne quais cacos de vidro
Espatifados no chão da memória
Não choro... Não sinto... Não vivo...
Não mais, sem nada, vazio, perdido
Sentido sem sentido combalido
Uma navalha, uma banheira...
...Falta água
Chão frio, muito frio...
Noite escura muito escura...
Corpo, alma, chão, cão
Frio, escuro, mudo, amargo
E essa água que não chega...
(Alexandre Costa)
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