Eu quis tanto te ligar, correr até a tua casa pra demonstrar, de toda e
qualquer forma, aquelas coisas bobas e boas que eu sentia. Eu quis tanto
te pegar pela mão, pedir pra cuidar de mim, pra me descobrir e me
decifrar. Eu quis tanto que você visse o meu olhar, esse de agora, que
tem ficado perdido entre tantas coisas que eu não consigo resolver,
tampouco entender. Eu quis tanto que você enxergasse em mim o tudo que
eu tento ser todo dia, mesmo não sabendo o jeito certo (e se existe um)
pra você. Eu quis tanto que você entendesse meus pedidos de ajuda, de
carinho, de afago e de amor dilacerado, esses pedidos, todos, escondidos
nas entrelinhas de cada coisa que eu falo. Eu quis tanto desafiar você a
ter certeza de que, pra você, só sou eu. Eu quis tanto demonstrar tanta
coisa que eu percebi que, às vezes, demonstrar demais estraga tudo.
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