domingo, 27 de janeiro de 2013

Um não vive sem o outro.



Ela queria colo, mas só se fosse o dele. Ele queria um abraço, mas só se fosse o dela. Eles brigavam por ciúmes, e outros motivos aparentemente fúteis. Costumavam passar o dia todo chamando um ao outro de ‘‘idiota”, se irritavam e depois riam, mas no final era ela que ficava brava. E ele pedia desculpas, e continuava a rir. Ele sabia como deixá-la sorrindo, e ela gostava disso, gostava das palhaçadas que ele fazia para vê-la gargalhar, ela gostava do modo como ele a tratava. Ela fazia de tudo para fazê-lo sorrir quando estava triste, tentava de todas as maneiras mostrar o quanto ela gostava dele. Os dois não se entendiam, mas ao mesmo tempo, se entendiam muito bem. Eles discordam em quase tudo, e sempre acabavam discutindo. Ele chamava ela de ‘‘minha”, e ela chamava ele de ‘‘meu”. Passavam a maior parte do dia falando nada, e ao mesmo tempo, falando tudo. Não tinham muito assunto, mas sempre arranjava algum. Os olhos dela brilhavam quando ele a chamava de pequena. Ela se sentia especial, se sentia única de certa forma. Mas ela odiava sentir ciúmes dele, por um momento, ela achava que roubariam o motivo dela de sorrir todos os dias. Quando estavam juntos, o tempo passava rápido, agora quando estavam longe, o relógio parecia parar. Tornava-se uma eternidade quando estavam um longe do outro, e logo depois de dar um ‘‘tchau” já sentiam saudades. Eles eram diferentes, tinham pensamentos diferentes, eles eram imperfeitos, e perfeitos um para o outro. Eles ainda não eram um casal, não namoravam, não tinham nada um com o outro, e os dois sabiam que se pertenciam mesmo assim. Eles faziam planos para um futuro próximo, pensavam em se encontrar, em ficar juntos, e ter a tão sonhada ‘‘vida á dois.” Imaginavam estar juntos, construindo uma família, uma vida. Eles sonhavam com isso, faziam tantos planos, mesmo sem saber se esse ‘‘futuro” chegaria, ou não. Brigavam, se desentendiam, ficavam alguns dias sem se falar, mas eles sabiam que no fundo, um não vive sem o outro.

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