A mãe da gente
A mãe da gente é aquela que nos controla e assim nos salva e nos atormenta; e nos agüenta mesmo quando estamos mal-humorados, exigentes e chatos, mas também algumas vezes perde a calma e grita, ou chora. Mãe da gente é aquela que nos oprime e nos alivia por estar ali; que nos cuida, às vezes demais, e se não cuida a gente faz bobagem; (...) é aquela que só dorme quando sabe que a gente está em casa e chegou bem;
(...) A mãe da gente é o mais inevitável, inefugível, imprescindível, amável, às vezes exasperante e carente ser que, seja qual for a nossa idade, cultura, país, etnia, classe social ou cultura, nos fará a mais dramática e pungente falta quando um dia nos dermos conta de que já não temos ninguém a quem chamar de ‘mãe’.
(Lya Luft)
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