Há tantos espaços em branco,
Outros negros, ocupados...
Tentativas de uma vida não vivida
Com os fantasmas de todos os dias,
Num céu de estrelas sem significado.
Fantasmas, quem não os têm?
A mente que os sustenta,
Nega a sede e a fome
No medo que consome,
O cansaço sem paz
Tatuado na pele.
De tantas batalhas perdidas,
De tantas palavras escritas
Com cor de tinta igual,
Tento ser normal, invisível,
E passar despercebido entre eles.
Ontem, já morreu, já passou!
Amanhã, ninguém sabe se vai existir,
Nada muda, ainda nada aconteceu...
E hoje, certamente...
Que não será um bom dia para desistir.
Hoje...
Nasceu esta imensa vontade
De ser quem não sou...
Não por ser o que sou,
Mas por querer ser melhor ainda.
A vontade de viver hoje é tanta…
Que não sei se algum dia irei morrer.
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