O teu amor...
Espreitou-me por entre as vidraças da vida
E sem pedir, entrou num forte sopro de vento
De forma estranha e violenta,
Por entre as fissuras
De uma janela mal fechada.
Desarrumas-te todo o meu destino!
Arrancas-te das velhas paredes do meio peito
Todas as telas pintadas,
Todos os quadros de sonhos
Que tinha guardado com jeito,
Pendurados nas asperezas do tempo.
Levantas-te do chão todo um pó de dor!...
Amor empoeirado por ti caído,
Sofrido e acamado, esperançado no amor.
Amotinaste a minha alma num ledo engano
E depois saíste como entrastes...
Num sopro de vento violento e estranho.
Agora...
Apenas ficou um rasto de alento de que zombas
Vincado pelo teu sopro de vento violento e estranho,
Escrito no epitácio da minha sepultura,
O meu quarto de sombras...
Minha cova escura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário