Vês, amor,
os leves sulcos gravados
nesta minha face cansada?
São caminhos das lágrimas
que deixei rolarem por ti.
os leves sulcos gravados
nesta minha face cansada?
São caminhos das lágrimas
que deixei rolarem por ti.
Ouves, amor,
a fala rouca e desgastada
nos diálogos, hoje, tão raros?
Resulta das descomedidas preces
nas quais pedi a Deus por ti.
a fala rouca e desgastada
nos diálogos, hoje, tão raros?
Resulta das descomedidas preces
nas quais pedi a Deus por ti.
Percebes, amor,
os meus braços jogados
ao longo do corpo, inertes?
Esgotaram-se em tantos abraços
que o envolveram nas tuas chegadas.
os meus braços jogados
ao longo do corpo, inertes?
Esgotaram-se em tantos abraços
que o envolveram nas tuas chegadas.
Notas, amor,
a ausência de luz no meu olhar
quando tento brincar com estrelas?
Foram as nuvens negras dos desencantos
que neles pousaram com a tua indiferença.
a ausência de luz no meu olhar
quando tento brincar com estrelas?
Foram as nuvens negras dos desencantos
que neles pousaram com a tua indiferença.
Sentes, amor,
a frieza desta mão descuidada
onde ainda reluz uma argola no anular?
Foi a falta do calor de um carinho
que nem tentaste retribuir.
a frieza desta mão descuidada
onde ainda reluz uma argola no anular?
Foi a falta do calor de um carinho
que nem tentaste retribuir.
Entendes, amor,
que este coração desarmado
consegue ainda dançar em ritmia?
Não é por ti que ele persiste…
Persiste e dança
porque ainda se enche de fé
e abraça a esperança.
que este coração desarmado
consegue ainda dançar em ritmia?
Não é por ti que ele persiste…
Persiste e dança
porque ainda se enche de fé
e abraça a esperança.
Cleide Canton
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