O amor é assim, a gente lembra como se fosse ontem, deseja viver o
hoje dando sentido à ausência que nos preenchia no ontem, e não sabe o
que nos acontecerá amanhã. O amor é assim, a gente não entende “o que
quer entender...” o amor é assim, a gente acaba entendendo “o que não
quer entender”. Hoje eu olhava uns papéis, rabiscava umas linhas,
sentia meu coração e me perguntava se o contexto era de nostalgia ou de
saudade. Para mim elas são diferentes, embora o convencional diga que
não. Estão conectadas às fontes diferentes. A saudade é mais dolorosa,
porque ela não sabe falar do ontem sem citar o amor e seus detalhes,
mas é verdade que ela também tem seu prazer que não aniquila, mas
enobrece. Já a nostalgia não se prende a detalhes e prefere ver apenas
as flores, evita ver os galhos em tempos de inverno. O amor é assim,
nos faz percorrer os cômodos de nossa casa e ver os detalhes, de
repente a gente percebe que não está sozinho, a esperança está na sala,
diante das chamas que aquecem do frio de inferno, quer tomar um bom
vinho conosco e ali se demorar em longas conversas. O amor é assim!
Aceita tomar um bom vinho?
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