O que fazer quando tudo parece tão longe
E a fadiga já não quer te deixar ir adiante?
Quando os passos já querem morrer
Aqui e agora, neste chão?
Quando os olhos já não enxergam o horizonte
E o sol já não tem o mesmo brilho
E o suor se apodera do corpo
E a dor da caminhada machuca demais?
E a fadiga já não quer te deixar ir adiante?
Quando os passos já querem morrer
Aqui e agora, neste chão?
Quando os olhos já não enxergam o horizonte
E o sol já não tem o mesmo brilho
E o suor se apodera do corpo
E a dor da caminhada machuca demais?
Quando a estrada não tem mais atrativo
E não há flores, só pedras e tropeços
E calos que viram feridas por uma insistência
Talvez vã insistência
Viver e viver e para quê?
Se não há o que se esperar?
Se não há a quem amar?
Se não há onde se quer chegar?
É uma linha que emaranhou
E os nós de tão nós não se desfaz
É vida que um dia foi bonita
E que agora não é mais
É caminho que foi perdido
É sonho que foi esquecido
E se houver esperança deve ser para além
Onde a morte é consolo e descanso.
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