Minha língua, quando te vê, quer logo te dizer coisas
lindas e assustadoras. Então é uma luta prendê-la no céu, deixando na
terra apenas meu cordial "oi" que você queria sem querer. Então fomos
pegar água. Brindamos com a água. Você com sua mania de conversar quase
dentro da minha cara. Eu vesga de te ver tão perto. Seu charme míope e
inseguro. O menino inseguro que conversa colado na minha retina. Que
insegurança é essa? Eu não te pergunto nada, apenas desejo tanto você
que sorrio como se não me importasse com sua existência. Mas você
resolve se explicar mesmo assim. Porque "seus olhos estão sempre me
perguntando algo", você diz. E você começa sua loucura que me faz gostar
ainda mais de você.
Tati Bernard
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