Vêm dos fundos e repousam os braços na finíssima linha de água. Florescem e perduram com pétalas de porcelana. Têm pequenos estremecimentos acompanhando os remoinhos súbitos que o vento traz. Oferecem conchas e abraços aos peixes coloridos. São a tentação das libelinhas rasantes que lhes afagam as folhas. Pacientes, procuram a quietude, o sono de vestais no templo. Respiram a bruma do lago e transpiram gotas reluzentes. Quando os vemos nos quadros sabemos que nos escutam os silêncios. Falo de nenúfares. Ou de antigas esperas.
_Licínia Quitério_
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