Na Berlinda, o coração
Há momentos em que tudo o que a gente precisa
é dar colo para o próprio coração.
Aconchegá-lo no nosso olhar de escuta.
Deixar que perceba que naquele instante
todas as outras coisas podem nos esperar
um pouco; ele, não.
Ele é o nosso rei e o nosso reino.
O papel para desenho e a caixa de lápis de cor.
A música e a orquestra.
Nossa bússola e nosso mar.
A flor, o pólen, a borboleta,
ao mesmo tempo. A colméia e o mel.
O centro, onde tudo principia
e para o qual tudo converge.
Ele não pode esperar...
(Ana Jácomo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário