Efêmeros momentos roubados ao cotidiano,
recantos do amor, em outras eras já vividos,
inebriados, cores e perfumes, nossos sentidos,
resgatam-nos dos vórtices do intemporal mundano.
Doces labaredas, lânguidas e ondulantes,
encontram seu caminho nas peles revolvidas,
por eriçastes ondas de elétrons coriscantes.
Sons tocam-nos o rosto, outros tantos carinhos,
que à tê-los prolongados, sequer nos recordamos
do tanto que estivemos, antes, tão sozinhos.
Do ser abrimos mão, pelo estar tão simplesmente,
ao alcance de um beijo ou toque, ainda que fugaz,
de alguém que nos fez falta, de um modo diferente,
e a quem o ter por perto, tão somente, satisfaz.
Mas logo rugem vento, água e tempestade,
arrastam-nos com alma e corpo em torvelinho,
voltamos à rotina, isolados em nossa liberdade,
até um novo encontro, nas asas do destino.
Golden
sábado, 3 de novembro de 2012
Efêmeros
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