sexta-feira, 16 de novembro de 2012
"Canduras em Comunhão"
Não quero simplesmente
Enxugar tuas lágrimas
Que caem feito final tarde,
Quero sentir todos os
Teus sabores, desfrutando
Pelas colinas do sentimento,
O perfume das violetas
Que ardem na sinuosidade
E nos aclives desta silhueta
Deslumbrante, entoando
Como um violino o
Suspiro da paixão!
Não quero apenas
Ouvir o som da tua íris
Que canta ao silêncio,
Quero embriagar-me em
Tuas praias, me deleitando
Pelos cômodos do anoitecer,
A candura das rosas,
Que desaguam na sublimidade
E nos jardins deste corpo
Magnânimo, orquestrando
Como um piano de cauda
O prazer em comunhão!
Não quero somente colher
tTus frutos pecaminosos
Que se abrem feito luar de ilusões,
Que desabrochar-me em
Teus favos, me deliciando
Pelos estuários das almas,
A canícula destes lábios
De raro esplendor,
Em insanas melodias,
Feito um coral em duo
Na jovialidade da compaixão!
-Auber Fioravante Junior-
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