segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A CARTA


A CARTA
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Num momento de sonho
depositei minha carta escrita
sobre o tapete da esperança.
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Pobre carta!... Jaz ao abandono!
Foi lida, relida pelo dono?
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Palavras!...
Palavras sem som,
mágoas sem lágrimas
de poço sem águas;
linguagem incompreendida,
canto sem tons iguais...
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A vida é isto - nada mais!...
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Carta escrita e remetida
ao endereço errado...
- talvez o dono da missiva
nunca seja encontrado.
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Zoraida H. Guimarães (poetisa brasileira)

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