E meu peito, ardendo em brasa, me castiga;
Sofro um mal de amor pungente
Que atormenta corpo e mente,
Seqüela de uma paixão antiga...
Uma dor que contém ondas de sabor,
O aroma de meu fruto predileto
Que azedou, murchou e, por fatalidade,
Transformou seu sumo em adversidade,
Em sentimento frustrante e secreto.
Se a dor é grande, o corpo se acostuma
E às vezes nem se sente incomodado;
Mas o meu amor, em segredo, vai seguindo
O vai-vem das estações, e eu - carpindo
Meu sofrer - secretamente eternizado...
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