quarta-feira, 22 de agosto de 2012

noite




  Valdez



A noite surge... lenta, mansamente...
Vem dedilhando liras de saudade,
Cantando a vida breve, a brevidade
Do amor, do amor fugaz, impermanente...

Quedo-me lasso, frouxo, molemente,
Sem esboçar qualquer atividade;
O pensamento ao léu, na imensidade,
Enquanto a noite flui, suavemente...

E vou tecendo rimas regulares,
Velhos refrões soltando pelos ares...;
Cantando a noite triste, o himeneu

Das minhas horas lânguidas, confusas...
Florais de sombras, nebulosas musas
Carpindo um amor que tive e que morreu...

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