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A Minha Rosa
A mim! foi a mim que o ouviste? Eu! - chamá-la minha rosa!... De certo que é bem formosa, Entre criança e mulher! Se a vejo tão jovem inda, Tão simples, tão meiga e linda, Da vida no rosicler; Podia chamá-la - rosa, De musgo ou de Alexandria, Rosa de amor, de poesia, Mais lhe não dava que o seu; Porque se essa flor mimosa Já chegaste ao teu retrato, Havias ver como a rosa De repente esmoreceu! Porém teu amor, querida, Teu amor que é minha vida, Que é meu cismar, que é só meu; Esse que te faz formosa Entre todas as mulheres, Onde achá-lo?! - Minha rosa... Minha és tu!... como sou teu. Não nego que é meiga e linda, Entre mulher e criança, Tão jovem, tão meiga, e ainda Da vida no rosicler; Mas tu vales mais do que ela, Não conheces bem teu preço, Acho-te muito mais bela, Como és, - entre anjo e mulher. (Gonçalves Dias) |
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
MINHA ROSA
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